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Selénio e Q10 favorece doentes com insuficiência cardíaca

Selénio e Q10 favorece doentes com insuficiência cardíacaTudo indica que a associação do oligoelemento selénio com a coenzima Q10, um composto idêntico às vitaminas, é um tratamento altamente eficaz em pessoas com função cardíaca alterada.

A insuficiência cardíaca é um problema importante em pessoas de meia-idade e idosas, mas a ciência actual mostrou que o selénio e a coenzima Q10 têm grande potencialidade como tratamento natural, que pode contribuir para a melhoria do funcionamento do músculo cardíaco e da qualidade de vida destes doentes.
Muito recentemente, cientistas iranianos, da Universidade de Ciências Médicas de Isfahan, demonstraram1 que o selénio e a coenzima Q10 administrados a doentes com insuficiência cardíaca aumentavam consideravelmente a força contráctil do músculo cardíaco e melhoravam o estado geral destes doentes, permitindo-lhes lidar mais facilmente com a doença.

Melhorias clínicas

Os doentes, todos eles de classe II e III NYHA (há quatro classes NYHA, sendo que os doentes de classe IV têm os sintomas mais graves - ver caixa), foram seleccionados aleatoriamente para fazerem suplementos de selénio e Q10 ou comprimidos com substância inerte (placebo) durante um período de três meses. O estudo, em que participaram 64 doentes, está publicado no Iranian Heart Journal.
Com base nos achados, os investigadores concluíram que a terapêutica com selénio e coenzima Q10 em associação levava a melhorias clínicas que justificavam estudo mais aprofundado dos dois compostos naturais.

Menos 54% de mortes

Há alguns anos, um grupo de cardiologistas suecos testou a combinação de selénio e coenzima Q10 no primeiro estudo2 do género. O estudo foi realizado em idosos saudáveis, na faixa etária de 70-88 anos. A metade dos participantes foi administrado selénio e coenzima Q10 e à outra metade placebo. Após cinco anos de estudo, os cientistas constatarem uma taxa de mortalidade cardiovascular 54% mais baixa comparativamente ao grupo placebo. Neste grupo, o funcionamento do músculo cardíaco também tinha melhorado significativamente. O estudo, publicado no International Journal of Cardiology, foi notícia em todo o mundo.

Coração mais forte

Outro estudo escandinavo3, publicado no Journal of the American College of Cardiology (JACC), Heart Failure, foi realizado por cientistas dinamarqueses e apenas com coenzima Q10. Foram seleccionados 420 doentes com insuficiência cardíaca crónica para fazerem ou coenzima Q10 ou placebo como terapêutica adjuvante da sua terapêutica convencional para o coração. O estudo durou dois anos e mostrou que entre os doentes tratados com coenzima Q10 havia menos 42% de mortes cardíacas. Também o funcionamento do músculo cardíaco melhorou significativamente e a taxa de internamentos entre os doentes que tomaram coenzima Q10 era consideravelmente mais baixa.

Fonte:

Iranian Heart Journal, 2015;15(4)

International Journal of Cardiology. 2013 Sep 1;167(5):1860-6

JACC Heart Failure. 2014 Dec;2(6):641-9

O que significa NYHA?

Os doentes com insuficiência cardíaca, normalmente, são classificados em quatro classes NYHA (New York Heart Association), consoante a gravidade da sua doença. Aspectos como dificuldade respiratória, dor torácica, etc., são usados para classificar a doença.

Classificação NYHA:

NYHA Classe I - Ausência de sintomas e limitações na actividade física normal, por ex., dispneia ao andar, subir escadas, etc.

NYHA Classe II - Sintomas moderados (dispneia e/ou angina moderada) e limitação ligeira durante a actividade normal

NYHA Classe III - Limitações acentuadas na actividade, devido aos sintomas, mesmo durante actividade inferior à normal, por ex., percorrer distâncias curtas (20-100 metros). Confortável só em repouso.

NYHA Classe IV - Limitações graves. Sintomas manifestam-se mesmo em repouso. Em geral, doentes acamados.

Referência: The Criteria Committee of the New York Heart Association. Nomenclature and Criteria for Diagnosis of Diseases of the Heart and Great Vessels. 9th ed. Boston, Mass: Little, Brown & Co; 1994:253-256.



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