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Ubiquinona ou Ubiquinol – haverá realmente diferença?

Ubiquinona ou Ubiquinol – haverá realmente diferença?Ubiquinona ou Ubiquinol – haverá realmente diferença? Desde a descoberta da coenzima Q10, em 1957, que os cientistas têm feito investigação sobre este curioso nutriente que, ao que tudo indica, tem um papel crucial na saúde humana. “Ubiquinona” é outro termo para a coenzima Q10, por causa da sua qualidade de omnipotente. “Ubi” significa em toda a parte. Em 2006, surgiu no mercado um novo tipo de CoQ10, chamado “ubiquinol”, que campanhas inteligentes de marketing tentaram promover como uma fonte de CoQ10 nova e melhorada, mais facilmente absorvida no organismo e superior à ubiquinona.
Consumidores e cientistas ficaram confusos e começaram a pôr em questão a forma tradicional de CoQ10 – ubiquinona – apesar de sempre ter sido a forma comercializada e utilizada em estudos.

Mais dispendiosa e menos estável

Há realmente diferença? Ubiquinol é melhor que ubiquinona? Existe pouca informação disponível a este respeito, pelo que, em boa verdade, ninguém sabe. De facto, as únicas diferenças que se conhecem entre estes dois tipos de CoQ10, para além da cor (o ubiquinol é esbranquiçado e a ubiquinona amarelada), é o facto de o ubiquinol ser uma matéria-prima mais dispendiosas e menos estável, em termos bioquímicos.

Não faz diferença

Como o ubiquinol tem um custo de fabrico mais elevado, torna-se mais caro para os consumidores o adquirirem e para os cientistas utilizarem em estudos. Ironicamente, a CoQ10 alterna entre a sua forma de ubiquinona e a de ubiquinol, num ciclo contínuo, no interior do organismo. Este processo faz parte do papel da CoQ10 em biologia. Portanto, quando se toma ubiquinol, este muda para ubiquinona e vice-versa. É indiferente em que forma se toma a substância

  • A ubiquinona (forma oxidada) é essencial à função da CoQ10 no metabolismo energético celular (síntese de ATP)
  • O ubiquinol (forma reduzida) é essencial à função antioxidante da CoQ10

Dependendo se se encontra no sangue e na linfa ou no interior das mitocôndrias das células, a CoQ10 muda para a forma que a situação específica requer. No sangue e na linfa, a CoQ10 serve sobretudo de antioxidante. Nas mitocôndrias, reforça o metabolismo energético.

Vejamos alguns factos básicos:

A ubiquinona tem sido usada na maioria dos estudos

  • Têm sido realizados milhares de ensaios clínicos com CoQ10 e poucos foram feitos com ubiquinol. A maioria da investigação é realizada com ubiquinona.
  • O mais recente e inovador estudo de CoQ10 mostrou um risco de mortalidade cardíaca 43% inferior em doentes com insuficiência cardíaca, que tomaram suplementos de CoQ10. Neste estudo (Q-Symbio) utilizou-se ubiquinona.
  • Um outro estudo (KiSel-10), publicado há quase dois anos, e que mostrou uma taxa de mortalidade 54% inferior entre idosos que tomaram suplementos de CoQ10 (e selénio), também foi realizado com ubiquinona.
  • A ubiquinona está disponível como substância farmacológica.

O ubiquinol é susceptível de oxidação

  • Ao estar na forma reduzida, o ubiquinol é susceptível de oxidação. Ao oxidar, volta a transformar-se em ubiquinona. A manutenção do ubiquinol na sua forma não-oxidada no interior da cápsula era complexa, porque é tecnicamente difícil proteger o composto, vulnerável, contra a oxidação.
  • O ubiquinol é esbranquiçado, ao passo que a ubiquinona é amarelada. Para testar se o conteúdo de uma cápsula de ubiquinol é realmente o que se alega, a melhor maneira é furar a cápsula e espremer o conteúdo. Se for amarelado, há o risco de ter oxidado e de se ter transformado em ubiquinona. Nesse caso, não corresponde ao que se pagou.
  • O ubiquinol só está disponível como substância alimentar.

A absorção do ubiquinol e da ubiquinona é igual

  • Independentemente da forma, CoQ10 é absorvida através da membrana intestinal. Quando no interior do organismo, alterna entre as duas formas.
  • A CoQ10 não tem assim tanta biodisponibilidade, visto que é cristalina. Como o organismo não consegue absorver os cristais, a CoQ10 tem de ser degradada em moléculas para poder atravessar a parede intestinal.
  • Poucos fabricantes de CoQ10 conseguiram desenvolver uma formulação que garante a absorção ideal do ingrediente activo. A CoQ10 com biodisponibilidade mais documentada é na forma de ubiquinona. Esta formulação em concreto foi a escolhida para os estudos Q-Symbio e KiSel-10, devido a biodisponibilidade, qualidade e segurança comprovadas.

A absorção do ubiquinol e da ubiquinona é igual. As campanhas de marketing feitas para promover o ubiquinol deixaram muitas pessoas sem saber em que forma da substância confiar. Isto mesmo é realçado numa newsletter (“Factos ou Invenções sobre a Coenzima Q10”), publicada por um grupo de especialistas de destaque. Nesta newsletter, os especialistas diziam que estas campanhas não só eram “falsas” e “enganadoras”, como também tinham despoletado mais confusão sobre a CoQ10. Curiosamente, também fazem questão de referir que, como as diversas formas de CoQ10 facilmente podem ser transformadas em outra forma, faz todo o sentido manter uma forma mais acessível. A ubiquinona é mais acessível de fabricar. É ainda imporante referir é que o ubiquinol é mais instável e tem tendência para voltar a transformar-se em ubiquinona dentro da cápsula.

Resumo

  • Os estudos científicos realizados com ubiquinona Q10 são, notoriamente, em maior número do que os realizados com ubiquinol
  • Em termos de absorção, não existe diferença entre a ubiquinona e o ubiquinol
  • A ubiquinona e o ubiquinol mudam de uma forma para a outra no interior do organismo. O importante é garantir absorção adequada.
  • A ICQA usa a formulação ubiquinona como referência científica oficial
  • O ubiquinol tem um custo de fabrico mais elevado do que a ubiquinona, pelo que é mais dispendioso para consumidores e investigadores

Fontes:

Cardiovascular mortality and N-terminal-proBNP reduced after combined selenium and coenzyme Q10 supplementation: a 5-year prospective randomized double-blind placebo-controlled trial among elderly Swedish citizens.
Alehagen U, Johansson P, Björnstedt M, Rosén A, Dahlström U.
Int J Cardiol. 2013 Sep 1;167(5):1860-6

The Effect of Coenzyme Q on Morbidity and Mortality in Chronic Heart Failure: Results From Q-SYMBIO: A Randomized Double-Blind Trial.
Mortensen SA, Rosenfeldt F, Kumar A, Dolliner P, Filipiak KJ, Pella D, Alehagen U, Steurer G, Littarru GP; Q-SYMBIO Study Investigators.
JACC Heart Fail. 2014 Sep 25. pii: S2213-1779(14)00336-9. doi: 10.1016/j.jchf.2014.06.008.



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