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O papel do Q10 na saúde e na doença

O papel do Q10 na saúde e na doençaO Q10 é um composto único que tem um papel crucial na renovação energética das células, além de constituir um antioxidante potente. O organismo consegue sintetizar a maior parte do Q10 de que necessita, mas à medida que envelhecemos, a síntese endógena diminui, o que nos deixa vulneráveis de diversas formas. Os antidislipidémicos e determinados tipos de doenças estão igualmente associados a baixos níveis de Q10 no organismo. Num artigo de revisão recente, um grupo de cientistas examinou minuciosamente centenas de estudos do Q10, publicados entre 2010 e 2020. E concluíram que o Q10 é especialmente importante para o coração, sistema circulatório, fertilidade, músculos, olhos e visão, e processo de envelhecimento. São igualmente abordados problemas como enxaquecas, síndrome de fadiga crónica e doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson e doença de Alzheimer. O organismo tem dificuldade em absorver Q10 dos alimentos e suplementos, pelo que é aconselhável optar sempre por uma formulação de Q10 de qualidade farmacêutica, com biodisponibilidade comprovada.

Desde a descoberta do Q10, em 1957, pelo investigador americano Frederik Crane, a investigação sobre o Q10 evoluiu rapidamente. O Q10 é uma molécula lipossolúvel, que existe na natureza em duas formas que se sucedem alternadamente, consoante as necessidades do organismo. Uma das formas, chamada ubiquinona, é necessária sobretudo para a renovação energética celular, um processo que tem lugar no interior das mitocôndrias. A outra forma, chamada ubiquinol, constitui um antioxidante que protege as mitocôndrias, as células e o colesterol contra a acção nociva dos radicais livres. Nas últimas décadas, os cientistas descobriram que o Q10 também influi noutras funções mitocondriais, como seja o metabolismo dos ácidos gordos, activação de genes e prevenção da morte celular programada (apoptose). O Q10 tem, por isso, um papel crucial no metabolismo e na protecção antioxidante das células.
O ser humano sintetiza a maior parte do próprio Q10. Contudo, a produção endógena do composto começa a diminuir a partir dos 20 anos mais ou menos, o que nos deixa cada vez mais vulneráveis de diversas formas. As estatinas e várias doenças também têm mostrado diminuir a síntese de Q10 do organismo. A insuficiência de Q10 pode inclusivamente ser consequência de defeitos genéticos.
Sendo o Q10 primordial para a função mitocondrial e prevenção do stress oxidativo, a insuficiência do composto pode estar associada a risco acrescido de muitas doenças. Isto é especialmente válido para doenças em órgãos com grande renovação energética – como o coração, o cérebro, músculos e rins. Neste novo artigo de revisão, os cientistas fizeram uma análise aprofundada de 450 artigos extraídos de diversas bases de dados e publicados durante o período de 2010-2020. Os artigos analisam o papel do Q10 na saúde e na doença. Este artigo de revisão e estudos anteriores mostram que a investigação do Q10 concentrou-se essencialmente nas áreas a seguir indicadas, que podem ser lidas em conjunto ou em separado.

» Coração e sistema cardiovascular

» Fertilidade

» Músculos e rendimento físico

» Enxaquecas

» Doença de Parkinson, doença de Alzheimer e outros problemas neurodegenerativos

» Fibromialgia e síndrome de fadiga crónica

» Diabetes

» Olhos e visão

» A importância crucial da qualidade do Q10

Coração e sistema cardiovascular

A doença cardiovascular continua a ser a causa principal de morte, pelo que é fundamental dar a devida atenção ao sistema circulatório ao longo da vida. O envelhecimento aumenta o risco de doença cardiovascular pela simples razão de que as células vão perdendo a sua capacidade de metabolizar oxigénio. E isto produz mais radicais livres e stress oxidativo. A protecção antioxidante do organismo também diminui com a idade. O aumento do stress oxidativo, que é um desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes, faz com que os radicais livres ataquem o colesterol, tão importante, fazendo com que este oxide. Ao invés de ser um composto útil, o colesterol deposita-se nas paredes dos vasos sanguíneos. É o colesterol oxidado que cria condições para aterosclerose. Os processos de envelhecimento também estão associados a inflamação indolente, rigidez arterial, disfunção das células endoteliais dos vasos sanguíneos, e processos análogos que podem levar a aterosclerose e hipertensão. Factores do estilo de vida, como seja tabagismo, ingestão excessiva de álcool, excesso de peso, alimentação pouco saudável e stress, também pode contribuir para stress oxidativo e aparecimento de doença cardiovascular.
No artigo de revisão, os cientistas explicam de que modo a falta de Q10 aumenta o risco de stress oxidativo e como pode originar inflamação, lesão celular e oxidação do colesterol LDL. A insuficiência de Q10 também provoca lesão do coração, sujeito a grande esforço e contracção cadenciada e ininterrupta. São muitos os estudos que demonstraram que a suplementação com Q10 melhora a renovação energética do músculo cardíaco, melhora a função das células endoteliais nos vasos sanguíneos e ajuda na homeostasia do cálcio e na protecção antioxidante do organismo. Um suplemento de Q10 também pode fazer baixar os níveis de triglicéridos e marcadores de inflamação, bem como a hipertensão arterial por diversos mecanismos.
A suplementação com doses elevadas de Q10 parece ser benéfica, especialmente, em doentes insuficientes cardíacos. Os cientistas mencionam, entre outros estudos, o Q-Symbio, um ensaio realizado em mais de 400 doentes insuficientes cardíacos, que receberam terapêutica farmacológica convencional para o seu problema. Além disso, metade dos doentes recebeu 300 mg diários de Q10, enquanto a outra metade recebeu placebo. Após dois anos de intervenção, verificou-se 43 por cento de menos mortes relacionadas com o coração no grupo de Q10 comparativamente ao grupo placebo. Além disso, os doentes que receberam suplemento de Q10 tinham uma qualidade de vida substancialmente melhor.
Outro estudo mencionado é o estudo sueco Kisel-10. Neste estudo, homens e mulheres idosos receberam aleatoriamente suplementação diária com 200 mg de Q10 e 200 microgramas de levedura de selénio ou placebo correspondente. As pessoas do grupo que recebeu suplementação apresentavam, comparativamente às que receberam placebo, maior resistência do músculo cardíaco e taxa de mortalidade cardiovascular 54% inferior.
O selénio foi administrado em associação com o Q10 por duas razões: em primeiro lugar, os terrenos de cultivo na Europa são pobres em selénio; em segundo lugar, o selénio ajuda o Q10 a alternar entre uma e outra forma.
A suplementação com Q10 é igualmente importante para pessoas que tomam estatinas, porque as estatinas inibem a síntese endógena de Q10. E isto pode causar diminuição da renovação energética e protecção antioxidante.

NOTA: o organismo só consegue absorver cerca de 100 mg de Q10 de cada vez. Se pretender tomar uma dose superior a 100 mg, esta deve ser fraccionada em doses mais pequenas, que devem ser tomadas a intervalos mais curtos

Fertilidade

Quando os casais tentam engravidar durante 1 a 2 anos, sem o conseguir, diz-se que há infertilidade involuntária. Na Dinamarca, um em cada sete casais é afectado por este problema. À escala mundial, afecta cerca de 50-80 milhões de pessoas. Há várias razões subjacentes à infertilidade.
A má qualidade do esperma está frequentemente relacionada com baixo número de espermatozóides, diminuição da sua mobilidade, e defeitos dos espermatozóides. Além disso, o ADN dos espermatozóides também pode sofrer deterioração pela chamada fragmentação do ADN. Ainda que o espermatozóide consiga chegar ao óvulo e fecundá-lo, o óvulo não consegue desenvolver-se normalmente, sendo, por isso, rejeitado pelo organismo. Os pequeníssimos espermatozóides têm de percorrer um trajecto relativamente longo até chegarem ao óvulo, o que requer grande quantidade de energia. De resto, é importante que tanto os espermatozóides como o seu ADN estejam protegidos contra o stress oxidativo.
Os autores fazem referência a vários estudos que mostram que a suplementação com Q10 pode melhorar o número de espermatozóides e a sua mobilidade, e prevenir deficiência dos espermatozóides. Ao mesmo tempo, reforça a sua protecção antioxidante e a integridade do seu ADN.
A diminuição da fertilidade na mulher pode estar relacionada com a qualidade dos óvulos, que, geralmente, começa a decair após os 30 anos de idade. Há ainda o relógio biológico da mulher e a corrida contra o tempo. Como os investigadores referem no seu artigo de revisão, o stress oxidativo pode interferir no envelhecimento dos ovários e contribuir para a deterioração da qualidade dos óvulos. Referem, inclusivamente, estudos em animais em que se observou que o Q10 melhora a qualidade dos óvulos não fecundados.
Vários estudos de infertilidade masculina e feminina analisaram o efeito da administração de entre 30 e 200 mg diários de Q10 por um período até seis meses. Em certos estudos e em determinadas clínicas de fertilidade, o Q10 foi usado em associação com outros antioxidantes, como vitamina E, vitamina C, zinco e selénio.

Músculos e rendimento físico

É sabido que a prática de exercício físico faz bem. Contudo, o exercício em excesso e o desporto de alto rendimento aumentam o risco de stress oxidativo, o que é muito pouco saudável. As lesões musculares relacionadas com o exercício físico podem ocorrer na sessão de treino propriamente dita ou mais tarde sob a forma de lesões inflamatórias. O exercício aumenta a síntese endógena de Q10 para se adaptar ao aumento das necessidades energéticas do tecido muscular. Alguns estudos mostraram que um suplemento de Q10 por si só pode aumentar o rendimento e a resistência físicos nos atletas de alto rendimento. E o que é mais importante, o Q10 protege contra stress oxidativo.
A sarcopenia é a perda de massa muscular relacionada com a idade que se observa nos idosos. Neste caso, foi detectada alteração mitocondrial. Os suplementos de Q10 em conjunto com exercício físico podem ser uma excelente forma de ganhar massa muscular e conservá-la. Também se deve procurar ingerir proteína suficiente, especialmente em idade mais avançada.
Diversos estudos mostram que as estatinas podem fazer baixar a produção endógena de Q10 e provocar disfunção mitocondrial, o que, por sua vez, pode levar a dores e fraqueza musculares. Um estudo duplamente cego, controlado com placebo, demonstrou que a suplementação com 100 mg diários de Q10, durante três meses, permite reduzir os efeitos secundários das estatinas. O Q10 pode ser benéfico a pessoas que fazem terapêutica com estatinas para prevenção de efeitos adversos do medicamento.

As enxaquecas, determinadas doenças neurodegenerativas, fibromialgia, nevralgia e síndrome de fadiga crónica são frequentemente definidas como doenças mitocondriais. Todas elas estão associadas a níveis sanguíneos baixos de Q10.

Enxaquecas

Pensa-se que as enxaquecas são causadas por dilatação dos grandes vasos sanguíneos no cérebro, mas são alterações na actividade eléctrica dos neurónios que desencadeiam ou interrompem uma crise. Os estudos mostram que cerca de um terço dos doentes que sofrem de enxaquecas tem baixas concentrações de Q10 no sangue. Um estudo em mulheres que sofrem de enxaquecas mostrou que a suplementação com Q10 consegue diminuir a dor. Um grupo recebeu 400 mg diários de Q10, enquanto o outro grupo recebeu placebo correspondente. Após três meses, as mulheres no grupo de Q10 tinham bastante menos crises de enxaquecas comparativamente às mulheres do outro grupo. E as poucas crises que sofreram foram de menor duração e menos intensas. O estudo está publicado na publicação científica Nutritional Neuroscience. Os investigadores descobriram que o Q10 conseguiu diminuir a dor, ao baixar os níveis de CGRP, um péptido que intervém nos impulsos de dor, e ao reduzir a inflamação no cérebro. O estudo corrobora investigação anterior que estudou o efeito da administração de Q10, em doses diárias de 150-300 mg, a doentes com enxaquecas.

Doença de Parkinson, doença de Alzheimer e outros problemas neurodegenerativos

O novo artigo de revisão faz referência a estudos que analisaram a administração de suplementos de Q10 em doses elevadas a pessoas com doenças neurodegenerativas, como doença de Parkinson, doença de Alzheimer e esclerose. Verificou-se que o Q10 protege os neurónios e as mitocôndrias contra as lesões causadas pelo stress oxidativo. A doença de Parkinson caracteriza-se por tremores causados por lesão das células nervosas e défice do neurotransmissor dopamina. Segundo um estudo japonês, a suplementação diária com 300 mg de Q10 pode aliviar os sintomas em certos doentes de Parkinson, pelo que é um possível adjuvante. A doença e Alzheimer é a causa principal de demência. A doença é causada pela acumulação de placa de beta-amilóide, uma proteína que provoca deterioração das células cerebrais, acabando por destruí-las. Estudos experimentais sugerem que os suplementos de Q10 podem ser úteis como terapêutica nas fases iniciais da doença de Alzheimer ao prevenir a acumulação de proteínas nocivas no cérebro.

Fibromialgia e síndrome de fadiga crónica

A fibromialgia está associada a falta de Q10, inflamação e alterações no número de certos neurotransmissores que são importantes para a percepção de dor e reacções ao stress. A médica espanhola Maria Cordero e um grupo de colegas realizaram um estudo com um grupo de mulheres com fibromialgia. Durante 40 dias, metade das mulheres recebeu 100 mg de Q10 três vezes ao dia, ao passo que a outra metade recebeu placebo correspondente.
As mulheres tratadas com Q10 apresentavam menos 65% de dor, e o número de pontos dolorosos tinha diminuído em 44% comparativamente ao outro grupo.
A síndrome de fadiga crónica, que é altamente prevalente nas mulheres, pode ser provocada por infecção, intolerância alimentar e stress. Segundo investigadores dinamarqueses e a médica inglesa Sarah Myhill, a doença também pode ser consequência de defeito mitocondrial. Também se observaram auto-anticorpos e baixas concentrações de Q10 em doentes com síndrome de fadiga crónica. Consoante as concentrações de Q10 nos doentes, Sarah Myhill recomenda a toma de 200-600 mg diários de Q10 em suplemento. Recomenda também magnésio e aminoácido L-carnitina para obter o máximo efeito.

Diabetes

A diabetes causa vários danos ao sistema vascular e está associada a menor qualidade de vida e morte precoce. Uma metanálise mostrou que a suplementação com Q10 ajuda a diminuir o risco de doença cardiovascular nos diabéticos tipo 2 ao baixar os níveis de colesterol total e colesterol LDL. Outro efeito positivo do Q10 está ligado ao seu papel antioxidante que combate o stress oxidativo, que contribui grandemente para aterosclerose e lesão cardiovascular.
Num estudo, administraram-se 200 mg diários de Q10 a diabéticos durante três meses. Os cientistas observaram que os doentes apresentavam níveis inferiores de HbA1c – doseamento da glicemia média durante as últimas 8-12 semanas. Por outras palavras, a absorção de glucose dos diabéticos tinha melhorado, o que levou a níveis de açúcar no sangue mais baixos. O estudo corrobora estudos semelhantes em diabéticos.
Também será boa ideia diminuir a ingestão de hidratos de carbono e seguir as novas orientações alimentares, para ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue.

Olhos e visão

As doenças oculares são causadas por problemas locais no sistema cardiovascular, sendo que a perda súbita de visão é muito frequente. Os problemas circulatórios locais podem afectar a irrigação da retina, o nervo óptico e outras regiões, ou provocar lesões nos ramos dos nervos que conduzem ao centro da visão do cérebro.
O risco de contrair diversos tipos de doenças oculares aumenta com a idade. Tabagismo, diabetes tipo 2, hipertensão, fibrilhação auricular, lesões, AVC e cataratas, são também factores de risco. Há anos que a suplementação antioxidante é recomendada para doenças oculares causadas por stress oxidativo e problemas na irrigação da retina. Todavia, não está demonstrado que tenha eficácia. Mas tudo indica que a suplementação diária com 100 mg de Q10 em conjunto com antioxidantes, como vitaminas A, B, C e E, e ainda selénio, zinco, manganésio, luteína e zeaxantina, em associação com a terapêutica convencional, pode contribuir para melhoria da visão. Isto observou-se num estudo espanhol publicado na Nutrients.

A importância crucial da qualidade do Q10

Muitas pessoas utilizam Q10 como uma fórmula natural para aumentar a energia. Além disso, melhora a protecção antioxidante do organismo, embora isso não se faça sentir concretamente. Relativamente às doenças que estão directamente ligadas a insuficiência de Q10, o ideal é começar a suplementação na fase inicial da doença. Apesar das muitas potencialidades do Q10 no que toca ao envelhecimento e várias doenças crónicas, os autores do artigo referem a importância de optar por um suplemento com a qualidade adequada. Os estudos clínicos de Q10 devem ser sempre realizados com Q10 de qualidade farmacêutica e biodisponibilidade comprovada.
Em qualquer tipo de matéria-prima de Q10, as moléculas de Q10 têm tendência para formar grandes cristais insolúveis. Os suplementos de Q10 inferiores, normalmente, apresentam-se em cápsulas com uma mistura desses cristais e óleo. Nestes produtos, as moléculas de Q10 estão presas nestes cristais e passam pelo sistema digestivo. Deste modo, só uma pequeníssima parte das moléculas é absorvida. A menos que a formulação seja submetida a um tratamento especial que solte as moléculas de Q10, permitindo-lhes atravessar a membrana intestinal, não têm grande utilidade. O Q10 na forma de comprimidos ou em pó, em cápsulas de gelatina dura, tem muito baixa absorção (apenas um por cento é absorvido). É primordial escolher uma formulação de Q10 com absorção e biodisponibilidade comprovadas, para ter a certeza de que as moléculas de Q10 chegam às células. As cápsulas de Q10 devem ser tomadas ao pequeno-almoço. Como o limite de absorção do Q10 é à volta de 100 mg, de preferência, as doses mais elevadas devem ser fraccionadas em doses mais pequenas para melhor efeito.

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