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Q10 como solução natural anti-envelhecimento que também pode prevenir a doença crónica e morte precoce

Q10 como solução natural anti-envelhecimento que também pode prevenir a doença crónica e morte precoceO número de idosos no mundo está a aumentar. Não é surpresa para ninguém que as pessoas de idade desejam manter-se em forma, mental e fisicamente, e desfrutar de todos os momentos da vida. Todavia, há muitas pessoas de meia-idade e mais velhas que se sentem cansadas e letárgicas, ou que sofrem de doenças crónicas que afectam a sua qualidade de vida e que estão associadas a uma menor esperança de vida. No seu livro, Coenzima Q10 – An Insider’s Guide, o Dr. William V. Judy trata em profundidade de que modo o Q10 consegue retardar o processo de envelhecimento a nível celular, ao aumentar os níveis de energia, ao reforçar a saúde cardíaca e ao prevenir a aterosclerose e outras doenças crónicas ligadas ao envelhecimento. A suplementação com Q10 em associação com selénio pode mesmo retardar o risco de morte precoce em mais de 50 por cento. O Dr. Judy faz questão de salientar a importância de optar por Q10 de qualidade farmacêutica que o organismo consiga absorver e metabolizar.

O Dr. William V. Judy, um octogenário saudável, é uma das figuras de destaque na investigação de Q10. É fundador e presidente do SIBR Research Institute e tem uma experiência pessoal com o Q10. Aos 60 anos, o Dr. Judy sofreu um ataque cardíaco extremamente grave e foi, ainda no hospital, que começou a tomar Q10 em doses elevadas, que a mulher lhe levava. Fez uma recuperação extraordinariamente rápida, e, apesar de mais tarde lhe ter sido colocado pacemaker, devido a lesão tecidual, na sequência do ataque cardíaco, o Dr. Judy trabalha incessantemente, viaja por todo o mundo a fazer conferências, e desfruta da vida com a família, em que se incluem os netos. Graças ao suplemento de Q10, que, na sua opinião, lhe salvou a vida, continua física e mentalmente activo.

A idade não é doença

A saúde humana e a esperança de vida dependem de vários factores, como a genética, o ambiente, o regime alimentar e o estilo de vida. Mesmo quando há predisposição genética para determinada doença, por regra, são factores genéticos, ambientais, alimentares ou associados ao estilo de vida que desencadeiam os genes responsáveis. Dito de outra maneira, há muito que podemos fazer em termos de prevenção.
As doenças crónicas são a causa principal de morte, além de estarem ligadas a perda de qualidade de vida, em parte, devido à própria doença, e, em parte, devido aos efeitos secundários que, muitas vezes, decorrem do medicamento prescrito para tratamento.
Numa conferência da ICQA (Associação Internacional para a Coenzima Q10), em 2018, na Universidade de Columbia, Nova Iorque, um dos conferencistas afirmou: “O envelhecimento não é doença”. Outro conferencista afirmou: “O envelhecimento é algo que nós mesmos podemos influenciar”. Ambos os conferencistas falaram no facto de a suplementação com Q10 contribuir para nos sentirmos mais enérgicos e vigorosos, inclusive na idade madura – e muitos estudos confirmam isso mesmo.
Este é um assunto altamente relevante, especialmente devido ao número crescente de idosos em todo o mundo, o que é um desafio em termos de saúde, cuidados de saúde e finanças públicas. Comecemos por analisar o envelhecimento e o que isso implica.

Características do envelhecimento e idade biológica

Uma pessoa de idade avançada (digamos, 65-85 anos) e alguém com muita idade (85 ou mais anos) têm um aspecto físico diferente de outra pessoa mais nova. O envelhecimento é um processo progressivo que implica:

A única coisa que não muda como o tempo é a data na certidão de nascimento. Ainda que consideremos a nossa data de nascimento como prova irrefutável da nossa idade, efectivamente, há também o fenómeno conhecido como idade biológica, que traduz a condição física e mental de uma pessoa. Uma pessoa pode muito bem ter 65 anos de idade, mas ter uma idade biológica de 50 anos mais ou menos – e vice-versa.

Segundo William V. Judy, uma das características principais do envelhecimento é a diminuição dos níveis de Q10 no sangue. E isto afecta uma porção de funções vitais

Mecanismos do envelhecimento

Não parece haver genes específicos que predisponham para um envelhecimento precoce ou tardio, mas a ciência identificou diversos mecanismos que mostram como funciona o envelhecimento. Em resumo, há que procurar estes sinais:

Q10 protege contra o envelhecimento, de várias formas

Q10 é uma molécula extraordinária que regula a renovação energética em todas as células. Sem a presença de Q10, a pessoa “cairia para o lado” em segundos. A maior parte do Q10 é produzido pelo próprio organismo, sendo o fígado o principal fornecedor. É nos órgãos que requerem energia, como coração, fígado, pulmões, rins e cérebro, que existem as maiores concentrações de Q10.

São duas as formas de Q10:

Com a ajuda das enzimas, a ubiquinona e o ubiquinol são continuamente transformados ora numa, ora noutra forma, consoante o tipo de Q10 de que o organismo precisa para tarefas específicas. No ser humano, o Q10 tem as seguintes funções:

A nossa capacidade de produzir Q10 diminui com a idade – e em determinadas situações

A capacidade do organismo de sintetizar o Q10 atinge o seu máximo aos vinte e poucos anos, começando a diminuir gradualmente até ao fim da vida. Daí que uma pessoa de 65 anos produza apenas cerca de metade do Q10 que outra de 25 anos. Os antidislipidémicos (estatinas), determinadas doenças e até a inactividade física, são também factores que prejudicam a síntese de Q10 pelo organismo.
Quando as concentrações de Q10 no sangue diminuem, isso tem influência na renovação energética celular e nos órgãos, como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o cérebro, que precisam de uma grande quantidade de energia para funcionarem devidamente. Também as células ficam cada vez mais vulneráveis ao stress oxidativo, o que é um denominador comum ao envelhecimento e a muitas doenças crónicas.

A figura mostra a queda de concentrações de Q10, relacionada com a idade, em vários órgãos

A figura mostra a queda de concentrações de Q10, relacionada com a idade, em vários órgãos

O Q10 protege contra stress oxidativo e lesão molecular

O stress oxidativo é um desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes.
Os radicais livres são um subproduto natural da respiração, mas também são produzidos por processos de envelhecimento, stress, inflamação, intoxicação, tabagismo e radiações. Os radicais livres são moléculas agressivas com um electrão ímpar. Na tentativa desesperada de repor o electrão em falta, o radical livre apanha o electrão em falta de outra molécula, transformando-a num novo radical livre. Isto desencadeia uma reacção em cadeia que se propaga, como um incêndio florestal, por células e tecidos. Os lípidos na membrana celular, o ADN e as mitocôndrias são especialmente vulneráveis aos danos oxidativos. Os ataques dos radicais livres podem ser comparados à ferrugem num automóvel que, gradualmente, o vai corroendo.
Um destacado cientista, como o reputado biólogo celular, Bruce H. Lipton, é de opinião que a membrana celular é o cérebro da célula que utiliza sinais para dar instruções ao núcleo da célula sobre que genes deve activar. Daí os danos oxidativos na membrana celular serem especialmente perturbadores, sendo igualmente problemático quando as mitocôndrias são atacadas, visto que têm ADN próprio (ADN mitocondrial ou mtDNA) e executam várias funções, como regulação do metabolismo celular, sinalização do cálcio, síntese das hormonas esteróides, regulação do potencial de membrana, e apoptose (morte celular programada). A única fonte de protecção contra os radicais livres devastadores é a presença de vários antioxidantes. Aqui o Q10 desempenha um papel muito especial, e nenhum outro antioxidante consegue substituí-lo. Neste aspecto, a Q10 é único.

Muitos processos de envelhecimento são provocados por funcionamento deficiente das mitocôndrias

A falta de Q10 pode levar a demência

O cérebro utiliza grandes quantidades de energia, pelo que é extremamente dependente de Q10. Toda a gente deseja manter-se lúcida até ao fim da vida, mas muitas pessoas de idade, infelizmente, são afectadas por demência, que se caracteriza, principalmente, por perda de memória e da capacidade de executar as tarefas diárias. A demência pode ser insidiosa. Desde logo, pode ser difícil apurar se se trata de perda de memória relacionada com a idade ou de demência. Um estudo japonês, publicado em Atherosclerosis, mostra que baixos níveis de Q10 no sangue estão ligados ao aumento do risco de desenvolver demência, pelo que os investigadores agora admitem que os níveis séricos de Q10 podem ajudar a prever o risco de desenvolver a doença.
A capacidade do Q10 de proteger contra a demência assenta em vários factores: o Q10 reforça a renovação energética nas células, protege os neurónios e mitocôndrias contra os radicais livres e stress oxidativo, e protege contra a aterosclerose no cérebro.

Q10, músculos, exercício físico, e vitalidade

Com a idade, aumenta a destruição oxidativa do ADN mitocondrial nas células musculares, o que contribui para a perda de massa muscular relacionada com a idade. A suplementação com Q10 ajuda a reduzir os danos oxidativos e reduz a perda de tecido muscular, especialmente quando combinada com exercício ou outras actividades que estimulam os músculos. Curiosamente, as pessoas de mais idade que são fisicamente activas têm concentrações de Q10 no sangue relativamente elevadas.
Um estudo sueco realizado com homens e mulheres idosos, que tomaram suplementos de Q10 e levedura de selénio durante vários anos, mostrou que os suplementos melhoraram a condição física e aumentaram a vitalidade destes idosos. O estudo Kisel-10, assim chamado, é considerado uma investigação inovadora.

As moléculas de Q10 funcionam como um par redox singular

A capacidade singular da Q10 de funcionar tanto na forma não-oxidada como na oxidada designa-se por par redox. A molécula alterna entre duas formas diferentes, mas igualmente essenciais, e nenhuma outra molécula pode substituí-la. Mas para que esta alternância funcione, é preciso selénio.

Estudo KiSel-10: Melhor qualidade de vida e 50 por cento da mortalidade

O estudo KiSel-10 é único no seu género. O ensaio, que foi realizado em idosos saudáveis, destinou-se a investigar se a suplementação com Q10 e levedura de selénio atenuava os processos de envelhecimento em curso e aumentava a esperança de vida. No estudo, participaram 443 homens e mulheres na faixa etária de 70-88 anos. Metade dos participantes foi seleccionada para receber suplementação diária com Q10 de qualidade farmacêutica (200 mg) e levedura de selénio (200 mcg), ao passo que o outro grupo recebeu placebo correspondente. O estudo foi coordenado pelo Professor Urban Alehagen, cardiologista da Universidade de Linköping, em colaboração com cientistas do Instituto Karolinska, em Estocolmo.
A associação de Q10 e selénio não é por acaso. Em primeiro lugar, as pessoas de mais idade produzem menos Q10, logo têm baixas concentrações do composto no sangue. Em segundo lugar, os terrenos agrícolas na Europa são pobres em selénio. É por isso que muitas pessoas têm falta deste composto, que é essencial para que o Q10 alterne entre as suas duas formas.
O estudo KiSel-10 mostrou os seguintes benefícios entre os participantes do grupo de Q10 e selénio:

O estudo está publicado no International Journal of Cardiology.

Os estudos de seguimento, 10 e 12 anos após o estudo ter cessado, mostraram que o tratamento com Q10 e selénio tem efeito de longo prazo na saúde cardíaca e na esperança de vida. E é quase certo que o resultado será ainda melhor se as pessoas continuarem a tomar os suplementos.

  • Milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de insuficiência cardíaca crónica
  • Segundo as estatísticas, 33 por cento das pessoas internadas por insuficiência cardíaca pela primeira vez não sobrevivem mais do que um ano

Antidislipidémicos, Q10 e envelhecimento

Cerca de 600.000 dinamarqueses tomam antidislipidémicos (estatinas) todos os dias. Este tipo de fármaco é conhecido por fomentar o envelhecimento, uma vez que as estatinas bloqueiam a enzima hepática HMG-CoA, que o organismo também utiliza para produzir Q10. Por outras palavras, as estatinas reduzem a síntese de Q10 e isso tem influência nos órgãos que consomem mais energia. Daí que alguns dos efeitos secundários mais frequentes das estatinas sejam fadiga, falta de concentração, dores musculares e sensação de declínio físico e mental. Com o tempo, poderão surgir outras complicações, porque o Q10 é um antioxidante potente que confere protecção contra o stress oxidativo. Os especialistas recomendam que as pessoas a fazer terapêutica com estatinas tomem, juntamente com o medicamento, 100 mg de Q10 diários em suplemento.

Diabetes, Q10 e estatinas

Há cada vez mais pessoas com diabetes tipo 2, e os idosos têm especial predisposição. A diabetes está ligada a doença cardiovascular e aumento do risco de cancro, e ambos encurtam a esperança de vida. Estudos anteriores demonstraram que a suplementação diária com 200 mg de Q10, durante três meses, reduz o stress oxidativo e diminui o risco de aterosclerose e doença cardiovascular. A suplementação diária com 100 mg de Q10, durante três meses, reduz significativamente o tipo de inflamação que se observa nas pessoas com neuropatia diabética. A doença é causada por lesão dos nervos que controlam a função cardiovascular e esta complicação está associada a aumento do risco de morbilidade, amputações e morte. Também a utilização regular de estatinas (especialmente sinvastina) aumenta o risco de diabetes tipo 2 em 10-40 por cento. Na verdade, é paradoxal que as estatinas aumentem o risco de diabetes, uma doença que por si só aumenta o risco de aterosclerose e insuficiência cardíaca.

Doença periodontal e doença cardiovascular

A doença periodontal é um problema dentário frequente e generalizado entre os adultos. Os doentes com doença periodontal têm níveis baixos de Q10 no tecido gengival, e os estudos mostraram que a suplementação com Q10 pode ter um impacto positivo nesta doença tão temida, que não só provoca perda de dentes, mas também aumenta o risco de doença cardiovascular. Muitos dentistas descobriram que várias doenças crónicas estão ligadas a infecções no sangue, e que os agentes patogénicos podem ser transportados pelo sangue, de um tipo de tecido para outro, por exemplo, das gengivas para o coração. É, por isso, importante escovar e utilizar fio dentário após todas as refeições. Além disso, a placa dentária, deve ser removida com regularidade.

Outras doenças e conclusão

No seu livro (Coenzima Q10 – An Insider’s Guide), o Dr. William V. Judy analisa igualmente outras doenças, como insuficiência cardíaca, hipertensão, cancro, enxaquecas, síndrome de fadiga crónica e doenças neurodegenerativas, em que poderão estar implicados stress oxidativo e lesão mitocondrial.
Muitas das doenças relacionadas com a idade estão ligadas à diminuição da síntese de Q10 endógena, que compromete a renovação energética celular e torna as células cada vez mais vulneráveis a ataques. O Dr. Judy conclui que a suplementação com Q10 é uma forma óbvia de compensar a falta deste composto essencial e retardar o processo de envelhecimento. E também refere que:

Por último, o Dr. Judy cita um dos grandes pioneiros da investigação de Q10, o Professor Karl Folkers, que afirmou:

“O Q10 não cura nada. O Q10 é tão-somente fundamental para as células e sua capacidade de produzir energia, e sem energia não há vida”.

Deve-se optar por Q10 de qualidade farmacêutica

O Dr. Judy refere várias vezes no seu livro que a qualidade de um determinado produto de Q10 é de primeira importância para o resultado de um estudo. Um produto de Q10, patenteado, com boa biodisponibilidade pode ter resultados animadores em inúmeros estudos, devido à sua qualidade excepcional, mas estes resultados já não são válidos para outros produtos de Q10 que não sejam fabricados pelo mesmo processo. O organismo tem dificuldade em absorver o Q10, porque as moléculas de Q10 tendem a formar grandes cristais, indigeríveis, que não conseguem atravessar a membrana intestinal e entrar na corrente sanguínea. Só uma técnica de fabrico patenteada, com óleos especiais e tratamento de aquecimento, consegue impedir a formação destes cristais. É por isso que o Dr. Judy recomenda a toma de uma formulação de Q10 de qualidade farmacêutica, com qualidade, biodisponibilidade e segurança comprovadas.
Como já foi referido, o Q10 existe em duas formas – ubiquinol ou ubiquinona. Na maioria dos estudos foi usada a ubiquinona, que é bastante mais estável e é transformada em ubiquinol pelo organismo. Deve-se optar sempre por uma formulação de Q10 com boa biodisponibilidade e que consiga chegar às mitocôndrias, e combiná-la com selénio de qualidade farmacêutica. Os terrenos agrícolas da Europa são pobres em selénio, e o Q10 não consegue alternar entre as suas duas formas sem selénio suficiente no sangue.

Referências bibliográficas:

William V. Cody. Coenzima Q10. An Insider´s Guide. Ny Videnskab 2018

David Mantle and Iain Hargreaves. Coenzima Q10 and Degenerative Disorders Affecting Longevity: An Overview. Antioxidants (Basel) Published online 2019 Feb

Momiyama Y. Serum Coenzima Q10 levels as predictor of dementia in a Japanese general population. Atherosclerosis. 2014

Alehagen U, et al. Cardiovascular mortality and N-Terminal-proBNP reduced after combined selenium and Coenzima Q10 supplementation. Int J Cardiol. 2012

Hannou SA et al. Fructose metabolism and metabolic disease. J. Clin Invest 2018

Bruce H. Lipton. Intelligente celler. Borgen 2009

Pernille Lund. Q10 – fra helsekost til epokegørende medicin. Ny Videnskab 2014


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